A esclerose múltipla (EM) assusta as pessoas, pois é uma doença inflamatória que não tem causa e nem cura, além de ser extremamente agressiva. Durante a gravação do nosso documentário televisivo intitulado “Profissão Emergência”, acompanhamos um atendimento feito pelo SAMU – Joaçaba à uma paciente que sofre dessa doença.
A doença atinge as fibras nervosas que transmitem os comandos do cérebro a varias partes do corpo, provocando um descontrole interno. Apesar de muitas vezes ser associada com problemas do envelhecimento, na verdade trata-se de uma doença comum entre os adultos jovens, na faixa etária de 20 a 40 anos, sendo que o maior pico ocorre em torno dos 30 anos. É raro que pessoas da terceira idade desenvolvam essa doença.
A EM não é herdada, mas atinge pessoas geneticamente predispostas a doença, de diferentes maneiras. Atualmente, existem mais de 35 mil brasileiros que sofrem deste mal, em geral as mulheres são mais atingidas (na proporção de duas mulheres para um homem).
O diagnóstico pode levar anos para ser feito de forma correta, pois os sintomas se parecem com outros tipos de doenças do sistema nervoso. Os principais sintomas são: alteração no controle de urina e fezes, falhas na memória, depressão, dificuldades para locomoção, fala e deglutição, dores articulares, dormências, fadiga intensa, mudanças de humor, paralisia total ou parcial de uma parte do corpo, perda de visão em um ou ambos os olhos, queimações, sensações de formigamento, tremores e tonturas. Em geral, a doença inicia com um surto por ano ou um a cada dez meses.
A forma mais comum de esclerose múltipla é a remitente-recorrente, que os surtos podem ou não deixar sequelas. A progressiva-primária é o pior tipo de esclerose, a evolução da doença é muito rápida.
Existem 4 formas da esclerose múltipla se manifestar:
· Remitente-recorrente: é a manifestação mais comum, os surtos duram dias ou semanas e depois desaparecem.
· Progressiva-primária: há uma progressão de sintomas e sequelas desde o seu aparecimento.
· Progressiva-secundária: são os pacientes que evoluíram da forma remitente-recorrente e estão piorando progressivamente.
· Progressiva-recorrente: é progressiva com surtos, desde o principio da doença apresenta progressão visível das incapacidades geradas a cada crise.
Neurológicos aconselham os pacientes de EM a fazerem um acompanhamento terapêutico, pois com a estabilidade emocional, até 85% dos surtos podem ser reduzidos. Como não existem formas de prevenção para a doença, não há como afirmar quem é ou não propenso à doença, então a recomendação geral é manter uma dieta equilibrada.
Confira no vídeo a seguir mais informações sobre a doença e como os pacientes diagnosticados a enfrentem:
Nenhum comentário:
Postar um comentário