HUST é referência oncológica na região

Dona Elvira Silva, 72 anos, está ansiosa na sala de espera do Centro Oncológico do Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST) de Joaçaba. Vindo de Concórdia, a senhora tem a expectativa de que o médico tenha boas notícias para ela. 

Após uma longa jornada contra a possibilidade de desenvolver um câncer, ela está prestes a receber alta. “Descobri que tinha um cisto no intestino há 5 anos atrás. Tive que ser imediatamente operada e até hoje estou fazendo o tratamento aqui em Joaçaba. Acho que hoje isso termina”, conta feliz. Trata-se de um resumo da fase difícil que Dona Elvira passou e que tantas outras pessoas estão passando neste momento.

Há mais de dez anos que o HUST presta serviços na área de oncologia, hoje o hospital é tido como referência no estado. No início eram atendidos, anualmente, 19 pacientes que contavam com o apoio do médico especialista Ruggero Caron, da farmacêutica Lilian Francisco e da técnica em enfermagem Micheli Stock, hoje enfermeira responsável pelo Serviço de Oncologia. Atualmente são atendidos mensalmente de 450 a 500 pacientes. Totaliza-se 8 médicos nas diversas especialidades: cirurgia oncológica, cirurgia de cabeça e pescoço, mastologia, urologia, hematologia, clínica médica e oncologista clínico. O Serviço de Oncologia do HUST atende 55 municípios da região, com 529 pacientes em tratamento, realizando em média 300 quimioterapias, 283 consultas e 50 cirurgias mensais. 

As formas de tratamento disponíveis no hospital é a quimioterapia e a hormônioterapia. Todos os casos que necessitam de radioterapia são encaminhados para unidades de Chapecó ou Florianópolis. Segundo a assessoria de comunicação do HUST, já foi pensado na implantação deste tratamento em Joaçaba, mas para isso precisa haver um aumento do número de leitos. O Hospital porta hoje 100 leitos e para a implantação da radioterapia seriam necessários 180. 

No ano passado, o Ministério da Saúde, estabeleceu como objetivo ampliar, a oferta do rastreamento do câncer de colo do útero, a detecção precoce do câncer de mama e o tratamento dos casos identificados. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que, neste ano, o país terá aproximadamente 18,5 mil novos casos de câncer de colo do útero e 49,2 mil de câncer de mama. Só em Santa Catarina, a previsão é de 610 casos e 1.570 casos, respectivamente.